Esporte

Corinthians empata com Retrô/PE mas se classifica na Copa do Brasil nos pênaltis

Por trás da classificação sofrida, nos pênaltis, ontem contra o time pernambucano da Quarta Divisão, há o time corintiano fraquíssimo. Por falta de dinheiro

“É pra comemorar (a classificação) lamentando. A comemoração da classificação tem que existir, mas você tem que lamentar o péssimo futebol apresentado.

“Não é o que todos nós esperamos do Corinthians, a gente está inserido e tem que chamar a responsabilidade para todos aqueles que fazem parte, que montam a estratégia.

“O resultado é óbvio que foi o que a gente esperava em termos de classificação, mas muito abaixo do que todos nós imaginávamos em futebol.

“Um time extremamente desconcentrado na partida, com um futebol fraco ao longo do jogo, isso tudo, é óbvio, passa por tudo.

“Passa por aquilo que a gente imaginava pelo que seria a partida, pela falta de inspiração, pela parte tática, que não foi compreendido aquilo que deveria ser feito.

“O Corinthians tem uma série invicta, eu reconheço, mas não estou satisfeito com aquilo que estou vendo, não.

“É óbvio que vou ter que mexer.”

O longo desabafo de Vagner Mancini mostra a insatisfação, quase vergonha com o sufoco que o Corinthians passou em Saquarema.

Durante os 90 minutos, o Retrô, de Camaragibe,da Quarta Divisão, foi muito melhor com a bola nos pés. E merecia ter vencido a partida eliminatória da Copa do Brasil.

Mas apenas empatou em 1 a 1, com o Corinthians.

Gols de Otero e Mayco Félix.

E venceu, nos pênaltis, por 5 a 3.

No mesmo dia que a diretoria corintiana confirma a dívida do clube, R$ 956 milhões.

Faltam R$ 44 milhões para R$ 1 bilhão.

Nilson Corrêa, treinador do Retrô, não teve medo da equipe de Mancini.

E a espelhou.

Jogou no 4-3-3, não só marcando, mas atacando com coragem quando tinha a bola nos pés. Seu time, formado em um clube de empresários, criado em 2016, para lançar jovens atletas e vendê-los, não se impressionou em ter pela frente o bicampeão mundial.

No final dos 90 minutos, Mancini respirou aliviado com o placar de 1 a 1.

E nos pênaltis, vitória do Corinthians, depois de Gelson ter desperdiçado a sua cobrança, com um chute forte no travessão. 5 a 3. Classificação do time paulista.

Os jogadores comemoraram, provocaram os rivais pernambucanos.

Só que sabiam que seriam criticados de novo, pelo péssimo futebol.

Com a bola rolando, em Saquarema, o Retrô foi muito melhor que o Corinthians. Merecia vencer

Mas o que ficou do jogo foi a constatação óbvia.

Que os dirigentes corintianos e, principalmente, Mancini, sabem.

O Corinthians precisa de reforços importantes.

Individualmente, a equipe é muito fraca.

A mudança da forma de pagamento à Caixa Econômica Federal do estádio, foi a grande conquista do segundo mandato de Andrés Sanchez.

Depois de anos vendo o dinheiro das arrecadações ir direto para pagamento da dívida, o Corinthians iria passar a ficar com parte significativa da verba. E o prazo para a quitação passou a ser 2040.

Só que a pandemia sabotou a articulação de Andrés.

Sem público nos estádios, sem dinheiro extra.

A esperança era faturar até R$ 30 milhões por ano, só para contratações. O que se somaria ao dinheiro das transmissões, do sócio-torcedor, de receitas paralelas.

Só que sem público, o clube deixou de faturar cerca de R$ 70 milhões, de acordo com seus dirigentes.

E não pôde contratar atletas importantes.

A situação segue a mesma.

O presidente Duílio Monteiro Alves disse a Mancini para ter paciência.

E trabalhar com o elenco limitado que possui.

Daí o futebol fraco que o time tem mostrado em 2021.

A comemoração envergonhada do Corinthians. Contra o clube de Quarta Divisão do Brasil

Exatamente igual ao de 2020, cuja maior preocupação foi não ser rebaixado no Brasileiro. E não obter a classificação para a Libertadores que, óbvio, não conseguiu.

Daí a comemoração vergonhosa ontem em Saquarema.

Veio a classificação.

E mais R$ 1,7 milhão de premiação.

Somando a premiação pela vitória contra o Salgueiro, na estreia da Copa do Brasil, o clube paulista chega a R$ 4,2 milhões de premiação.

Esse dinheiro vai garantir que o clube, com dívidas de R$ 956 milhões, não atrase o pagamento dos seus limitados jogadores.

Mancini e Duílio sabem.

Não há como se iludir.

A realidade é clara.

Se não descobrir uma maneira de arrumar dinheiro, em plena pandemia, o Corinthians vai sofrer. Seu time é fraquíssimo.

E o maior objetivo de 2021 será não ser rebaixado.

Com a pandemia, não adiantou mudar a forma de pagar seu estádio.

Simples assim.

O sofrimento está garantido.

Como ontem contra um clube que disputava a Copa do Brasil pela primeira vez.

E que está na Série D.

A Quarta Divisão do Brasil…

FONTE: R7.COM

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Marcio Martins martins

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