Em Linhas Gerais

Jair Bolsonaro ataca feudos políticos e a pressa perigosa dos motociclistas – Por Gessi Taborda

JAIR TEM RAZÃO

Não é fácil dar crédito para Jair Montes, deputado envolvido com sérias denúncias amplamente difundidas no meio midiático e pelas quais virou um notório frequentador do xilindró. Mas dessa vez Montes acertou no alvo ao exigir a exoneração dos morubixabas das autarquias e fundações do estado que, como disse o parlamentar, não funcionam. E ele destacou entre essas instituições duas das mais importantes no organograma do estado: o DETRAN e a Fhemeron. Essa última cuida da coleta e distribuição de sangue para unidades hospitalares.

FEUDOS POLÍTICOS

Pode ser até difícil de acreditar, mas a Fhemeron por absoluta incompetência de gestão fechou unidades de coleta de sangue e dificultou a vida de doadores. Em relação ao DETRAN o parlamentar destacou aquilo que todo mundo já sabia: “é apenas uma máquina de arrecadação”. O DETRAN sempre foi um feudo político. Nunca se soube a verdadeira destinação da montanha de recursos arrecadados embora se suspeite que boa parte untava máquinas eleitoreiras de clãs poderosos de RO. Mais do que exigir a exoneração dos seus diretores, é preciso exigir uma profunda investigação nas atividades dessas instituições.

PRESSA

Boa parte dos motociclistas de Porto Velho não obedece a sinalização semafórica do trânsito. Estão sempre apressados. Fazem todos os malabarismos entre os veículos e na primeira oportunidade avançam no sinal fechado. Quem sofre com a pressa dos motoqueiros são os pedestres. Eles são os mais vulneráveis ao atravessar os cruzamentos de maior movimento onde quase nunca existem fiscais para punir os responsáveis por tantas barbaridades.

ABONO

A CAIXA inicia nesta quinta-feira (14), o pagamento do Abono Salarial (PIS – Programa de Integração Social) do calendário 2018/2019, para os trabalhadores nascidos em maio e junho. Os valores variam de R$ 84 a R$ 998, de acordo com a quantidade de dias trabalhados durante o ano base 2017.

ALVO ERRADO

Os deputados rondonienses querem terminar com os benefícios fiscais destinados às usinas de Santo Antônio e Jirau, bem como com a concessão de área de terra às mesmas por parte do estado. Os deputados querem até mesmo cassar licenças que possibilitam as duas usinas operar. A reação tem aspectos positivos. O errado é a justificativa: uma retaliação contra o abusivo reajuste na tarifa de energia para os consumidores rondoniense.

Afinal, as hidrelétricas do Rio Madeira não tem ingerência no reajuste do preço nas contas de energia paga pelos rondonienses. Esse reajuste é uma atribuição de competência da ANEL, agência que parece estar se lixando para a gritaria dos consumidores e dos políticos do estado.

QUIRELAS

O estado de Rondônia tem muitas demandas para superar e garantir uma qualidade de vida digna à sua população. O estado entrou na relação dos que menos gerou emprego nos últimos. Então o novo governador deveria estar preocupado exatamente em apresentar programas para gerar os empregos necessários, para retomar a atividade econômica no campo e na cidade.

No entanto – salvo melhor juízo – o cel. Marcos Rocha está mais preocupado em ampliar desavenças com servidores públicos, como acontece agora na área de segurança pública, cortando o diálogo com os agentes penitenciários. Ele também tem dificuldades em manter um diálogo produtivo com a imprensa, talvez por desconhecer que esta tem o direito de criticar sua gestão.

ALVO

Em praticamente três meses no cargo, o governador Rocha ainda não disse a que veio. E talvez pela falta de um programa consistente para fazer a economia do estado funcionar, ele e seu séquito dá a impressão de ter elegido os servidores públicos como alvo prioritário para conter a alegada crise.

Enquanto candidato, Marcos Rocha participou com lideranças de servidores e afirmou sempre, até na propaganda da televisão, que manteria sua disposição de dialogar, ouvir os servidores, buscando alternativas para o quadro angustiante a que estão submetidos. Não é isso que está acontecendo.

REALIDADE

Em se tratando da máquina estatal, os verdadeiros problemas continuam como dantes: um poderoso grupo de privilegiados se mantém como intocáveis. Ao contrário de reduzir os detentores de regalias, o governo do coronel teria promovido enorme volume de nomeações de comissionados, com distribuição de gordos CDs.

RASGADO

Marcos Rocha, como governador comunica mal. Parece já ter esquecido que sua vitória foi fruto de uma sociedade polarizada entre os interesses de uma minoria muito rica que se apossou do governo e a grande massa cada vez mais empobrecida e sem perspectivas de melhorar de vida que engrossaram a onda do voto bolsonarista. Se continuar rasgando seu discurso de candidato agora, pode descobrir tardiamente que já começou mal sua debutação na passarela política.

DOLAR

De acordo com a Forbes, na Argentina quem precisar de 1 dólar, terá que pagar 43 pesos e meio. Comparando com o Brasil, pelo menos 10 vezes mais, o dólar ainda não chegou a 4 reais.

ZUMBI

Marcelo Alvaro Antonio foi convidado a comparecer ao Senado para se explicar. Mas é óbvio que o ministro das “laranjas” não aceitará o convite do Senado para se defender, até mesmo porque suas atitudes são indefensáveis. E o grande mistério é saber o motivo de ainda não ter sido exonerado. Trata-se de um ministro zumbi, do tipo “Walkind Dead”.

 

NOVO ENDEREÇO

Ontem uma fonte credenciada da prefeitura de Porto Velho adiantou que em menos de 30 dias o gabinete de despachos do prefeito Hildon Chaves vai para o histórico endereço do Prédio do Relógio. As obras para abrigar todos os departamentos ligados ao paço municipal estão praticamente terminadas.

 

FOLIA

A Câmara dos Deputados reiniciou nessa semana o trabalho, após 13 dias de Carnaval, com reuniões de bancadas estaduais. Resta uma dúvida: se o Carnaval de três dias era Tríduo Momesco, como será apelidado o de 13 dias? Teremos de chamá-lo de Trezena Momesca?

 

LIMITES

Até o momento pouco se sabe sobre como agirá o novo presidente da Assembleia Legislativa de Rondônia em relação ao destrambelhado gasto com a publicidade da casa. Ainda não se sabe que Laerte Gomes porá fim ao abuso de recursos públicos para pagar propaganda do legislativo, contido num contrato de 14 milhões engendrado na gestão anterior.

A gastança patrocinada pelo ex-presidente Maurão de Carvalho ultrapassou todos os limites do razoável. O contribuinte não aguenta mais sustentar a nomenklatura legislativa com as mordomias injustificáveis. Espera-se que o tais órgãos do controle externo cumpram o seu papel investigando e denunciando aqueles que nas legislaturas anteriores caíram no desvio.

AUTOR: GESSI TABORDA –  COLUNISTA EM LINHAS GERAIS –  JORNALISTA

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