Em Linhas Gerais

Escândalo das Tornozeleiras: governador Marcos Rocha deve esclarecimentos a sociedade – por Gessi Taborda

FILOSOFANDO

“O mundo não está interessado nos temporais que você encontrou. Ele quer saber se você trouxe o navio”. WILLIAM MAcFEE, foi um escritor inglês nascido em 1881, em Londres. Morreu em 1966, em Connecticut, Estados Unidos.

EDITORIALZIM

Continuamos vivenciando a maneira sórdida de como sempre se fez política em nossa região e, por que não, em nosso país. Em Rondônia acostumou-se a distorcer os fatos para revesti-los de boas intenções, com o emprego de eufemismos.

O chefe do governo rondoniense é um coronel inapto ao exercício do cargo. Nunca antes desempenhou nenhum função pública conquistada pelo voto. Porém (e sempre tem um porém) chegou ao comando do estado carregado na esteira dos votos dados a Jair Bolsonaro para presidência do Brasil.

Sem nenhuma experiência o coronel Marcos Rocha chegou ao cargo de chefe do estado após passar anos servindo ao ex-governador e hoje senador Confúcio Moura.

É no mínimo curiosa a tática usada para a vitória: entrar num partido de “oposição” ao seu antigo patrão fingindo ser o sujeito compromissado a romper com todas as práticas nefandas da política praticada em Rondônia, algumas perfeitamente incensadas e totalmente toleradas pelo governo a quem serviu por anos.

E com ele, após mais de um ano na chefia do governo, não mudou nada. A patologia da mentira instalada no núcleo do Poder está intacta. É isso que se depreende das entrevistas dadas por esse coronel (verdadeira antítese do Cel. Jorge Teixeira), que prefere falar a veículos inexpressivos do interior, onde adota um estilo pavloviano que consiste em faltar com a verdade.

E assim, apesar das evidência visíveis a qualquer um, ele acaba negando fatos, como se as realidades econômicas e políticas fossem uma mesa de massa plástica, sujeitas a interpretações para realçar simples boas intenções.

Foi o que fez numa entrevista a uma rádio interiorana, recentemente, mentindo sobre geração de empregos e crescimento econômico. Grotescamente o lamentável governador chegou a firmar o compromisso de reduzir a zero o desemprego no estado e também, ruidosa e grotescamente, garantiu um crescimento surpreendente da economia e a transformação da saúde pública em padrões de primeiro mundo.

Mentir sempre foi o meio recorrente e sistemático utilizado pelos políticos para manter-se no Poder. A tática deu certo para alguns. Ainda bem quase todos esses mentirosos especialistas em enganar  a população acabaram na mais perfeita decadência, alguns condenados pela Justiça e outros respondendo a processos que praticamente os afastam da vida pública.

Quem vai acreditar nas promessas desse governador que após mais de um ano não conseguiu sequer apresentar um plano de metas para a sua gestão?

Continuamos assistindo ao exercício governamental onde se inventa conspirações para justificar seus malogros, onde se fazem promessas sem fundamento algum. É a práxis de quem chega ao poder mentindo e o exerce saltando de uma mentira a outra.

E o momento é pior porque a mentira não é mais só um instrumental.

Hoje como se vê na propaganda massiva do governante, a mentira é o caráter oficial da gestão. E nesse diapasão lamentavelmente os chamados órgãos do controle externo permite mentir de forma ilimitada em todas as mídias, pagas com o dinheiro do contribuinte.

Quando esse governo alardeia que vai zerar o desemprego seria necessário dar uma informação confiável de como fará isso. Em quais as estatísticas se lastreia para fazer as afirmações que anda espalhando pelo interior, quais as interpretações que estão acumuladas em sua cabeça para desenhar o estado como uma Xangrilá.

RETORNO

A Assembleia Legislativa retoma as atividades na próxima terça-feira (18), após o período de recesso parlamentar. Com o reinício dos trabalhos legislativos, voltam a ser realizadas as sessões ordinárias, reuniões das Comissões Temáticas e audiências públicas.

DIFERENTE

Não se pode negar que vivemos atualmente uma outra capital de estado uma outra cidade.

Vi no final de semana uma cena urbana que jamais tinha presenciado na cidade de Porto Velho. Uma grande equipe de trabalhadores da prefeitura recuperando e asfaltando vias públicas debaixo de chuva. Só tinha visto isso em São Paulo, um dia em que estava em Cananéia e uma equipe de trabalhadores asfaltavam, debaixo de chuva, um trecho de rodovia.

A cena em Porto Velho mostrou como a gestão de Hildon Chaves provocou mudanças positivas na prefeitura. Se antes o que ficava após a temporada de chuvas eram só destroços nas principais vias da cidade, agora o poder público municipal mostra que não está paralisado e sim pronto para os enfrentamentos dos entraves surgidos com as chuvas fortes desse período.

O derrotismo crônico dos moradores dessa cidade vai sendo reduzido pela ação constante de uma gestão que está a serviço dos moradores da cidade.

ESCÂNDALO

O governador Marcos Rocha tem de esclarecer para a opinião pública as denúncias feitas contra ele no tempo em que respondeu pela Secretaria de Justiça do Estado de Rondônia, no chamado “Escândalo das Tornozeleiras”.

A denúncia foi objeto de apreciação do Tribunal de Contas que responsabilizou Marcos José da Rocha dos Santos (hoje governador rondoniense) além de outros 3 servidores da SEJUS por um rombo de mais 2 milhões de reais na contratação da empresa Synergye Tecnologia de Informação Ltda e também no contrato com a empresa Sapacecoom Monitoramento S/A, que se utilizou de aditivos irregulares.

Essa denúncia permanece como o lado escuro na biografia do atual governo. Nem durante a campanha eleitoral vencida por Marcos Rocha a denúncia chegou ao conhecimento da população. A oposição ao coronel não utilizou o escândalo que lesou cofres públicos no período eleitoral.

AÇÃO POPULAR

Totalmente neófito na arte de governar, o coronel Marcos Rocha vai tendo seu terreno minado por denúncias de vários tipos. Uma dessas denúncias está contida na ação popular impetrada contra ele pelo advogado Caetano Vendimiatti Neto. Segundo a denúncia contida na ação popular do advogado vilhenense o governador nomeou chefes de autarquias e fundações ao arrepio da Constituição e por isso, se condenado, pode inclusive perder o cargo, além de ficar inelegível por 8 anos.

A primeira denúncia foi apresentada por Caetano perante a Assembleia Legislativa que preferiu arquivá-la. A denúncia agora está sendo examinada pela Justiça e, explica Caetano, poderá obrigar o governo a devolver mais de um milhão e 200 mil reais aos cofres públicos.

Até agora não se conhece manifestação do Judiciário sobre o assunto. O Palácio também se mantem fechado em copas sobre esse assunto.

PLANEJAMENTO

Há um motivo especial para não se acreditar no governo do coronel Marcos Rocha. Até agora ele não demonstrou ter planejamento algum para tocar o governo. Todas as suas ações são decididas em cima da hora. E como não tem nem mesmo um secretário de comunicação qualificado está perdendo espaço nessa área tão sensível, até mesmo nas redes sociais. O coronel vai se trumbicar muito mais enquanto não criar consciência de que não imune a erros.

QUE COISA

Sabia que no Brasil existem 9 mil assentamentos esperando regularização? Uma herança do PT, nos seus 14 anos de governo.

REGULARIZAÇÃO

Num passado não muito distante governantes de Porto Velho não estavam nem ai com a regularização de terrenos e casas ou apartamentos entregues à população sem documentação nenhuma. Essa entrega era feita em troca de votos para se chegar ao poder ou para se manter nele.

MUDOU

Hoje essa situação mudou muito. A secretaria municipal de regularização fundiária trabalha incansavelmente para resolver os problemas herdados das gestões anteriores. Agora cada morador passa a ter seu imóvel valorizado e regulamentado.

No governo Bolsonaro as invasões de terra no país caíram 98 por cento. Em Porto Velho, desde a assunção de Hildon, não se ouviu falar mais das invasões de áreas urbanas.

RONCO

Em virtude do carnaval as cuícas estão roncando prá valer. Estamos a oito meses da eleição municipal.

ai, sim, é que as cuícas vão roncar ainda mais.

TORCIDA

Não há como negar: o presidente Jair Bolsonaro muitas vezes fala como se não entendesse a importância de seu cargo e liturgia a ser observado por quem, como ele, está no topo da liderança política. E com isso apanha especialmente da mídia. Bolsonaro devia parar de se portar como estivesse discursando para uma torcida organizada ou para os frequentadores de um bar, esquecendo-se que é gravado não só pela mídia mas pelos inimigos que ainda não digeriram sua imensa vitória.

 

DEPOIS DE MOMO

A coluna EM LINHAS GERAIS entra no recesso carnavalesco a partir dessa segunda feira. Seu retorno aos leitores voltará a se normalizar a partir do período da folia.

AUTOR: GESSI TABORDA –  JORNALISTA  –  COLUNA EM LINHAS GERAIS

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