Em Linhas Gerais

Cassol vira bombeiro e o governador Rocha não dará o tom na disputa desse ano – Por Gessi Taborda

FILOSOFANDO

“O homem é, por natureza, um ser político”. Aristóteles (384 – 322 a.C.), pensador grego.

EDITORIALZIM

Os momentos que inspiram a meditação, como o surgimento de um Ano Novo, devem ser aproveitados para se avaliar o passado, fortalecer o presente e projetar o futuro. Este é o cerne do pensamento do colunista nessa primeira coluna de 2020, um ano singular principalmente por ser ano eleitoral, quando toda a sociedade terá de cumprir sua responsabilidade na escolha dos dirigentes municipais e dos representantes legislativos da municipalidade.

Que nas disputas políticas desse ano aflorem os melhores sentimentos altruístas proporcionando as mudanças fundamentais para o desenvolvimento de nossa urbe.

É necessário a todos nós, de Porto Velho e do estado de Rondônia, recordar do agitado ano que terminou e projetarmos uma verdadeira reconstrução das nossas instituições e da nossa economia, tarefa difícil de dimensionar pelas autoridades ainda distantes de responder à confiança de um povo mobilizado na busca das verdadeiras transformações políticas que mantenha como alvo o total respeito pelo dinheiro público e a incansável busca de metas superiores nunca atendidas.

O atual prefeito de Porto Velho é muito melhor que os anteriores. E isso é uma constatação básica.

E mesmo assim, sua gestão ainda não conseguiu resolver todos os entraves dos serviços básicos deixados por seus antecessores. Os conflitos herdados são enormes, principalmente no segmento dos transportes urbanos. Essa é uma tarefa urgente sem dúvida: restabelecer o sistema destruído pelos últimos prefeitos. Finalmente as ações anunciadas agora estão prestes a desaguar no sistema não emergencial, como essa praga do SIM. Teremos em breve um sistema no qual os usuários poderão depositar confiança.

A capital dos rondonienses sofreu muito com as gestões anteriores. Especialmente com aquelas representantes de correntes esquerdista e socialistas. Foram prefeitos que causaram enormes danos ao município da capital, principalmente no segmento do saneamento básico, mantendo Porto Velho com os vergonhosos índices em termos de tratamento de esgotos e água tratada. Nenhum dirigente que passou pela prefeitura da capital conseguiu promover o desenvolvimento geral e integral do município.

Pode-se dizer que seu atual prefeito é o primeiro a trabalhar para evitar sequelas irreparáveis à economia pública e, assim, permitir projetar mecanismos capazes de superar a desaceleração do crescimento e, desse modo, criar novas possibilidades de promover o crescimento de investimentos (não só privados) possibilitando a geração de empregos.

Até agora o prefeito soube vencer os desafios mais difíceis. Ele conseguiu reconstruir a economia municipal, retirando a prefeitura da lista dos inadimplentes. Com essa eficácia econômica está sendo possível, agora, dar andamento a um vasto programa de ação atendendo todas as demandas dos segmentos urbanos fundamentais na melhoria do padrão de vida dos portovelhenses.

Se disputar a reeleição e conseguir um novo mandato ele será capaz de garantir avanços mais rápidos no crescimento do município da capital, reduzindo a iniquidade existente e dando maior coesão social aos seus habitantes. Com a política que pôs fim à corrupção desenfreada dos tempos em que a gestão petista acabou sendo popularmente conhecida como a do Ali Babá, todas os grandes compromissos ainda não resgatados certamente se tornarão realidade.

MAIS DEMORADO

Não importa se o ano que começou será bom ou ruim. 2020 vai demorar mais a passar. O ano é bissexto, tem 366 dias, o dia 29 de fevereiro a mais, excepcionalmente. Um fenômeno que ocorre, de quatro em quatro anos. O ano bissexto foi criado pelos romanos na época do imperador Júlio César para adequar o calendário ao tempo que a Terra leva para dar uma volta completa em torno do Sol.

DESAFIO

Fonte com ótimo trânsito na cúpula do Ministério Público de Rondônia admitiu para a coluna que se projeta dificuldades no processo de fiscalização das eleições municipais desse ano, sobretudo no interior. Segundo essa fonte o Ministério Público ainda não dispõe de recursos tecnológicos de última geração, de servidores em quantidade suficiente para prestar o serviço que ele deseja prestar à sociedade. Como se sabe, o MP estadual tem atribuições muito amplas. Atua no processo penal, promovendo responsabilidade penal nos autores de crimes, atua na defesa do meio ambiente, na defesa do interesse do consumidor, das crianças, adolescentes, idosos, todo tipo de vulneráveis e o Ministério Público tem desafio de ser cada vez mais eficiente no cumprimento dessas funções.

ENVOLVIMENTO

O governo rondoniense fala pouco com a imprensa. E quando fala praticamente não apresenta novidade alguma para a retomada do crescimento econômico ou para demonstrar empenho na modernização e democratização do processo político rondoniense. Sua entrevista coletiva de final de ano teve pouco aproveitamento para quem busca informações capazes de demonstrar os rumos a serem seguidos pela atual gestão. Mais uma oportunidade perdida com uma fala completamente oca.

Mas uma coisa ficou clara: o governo não parece ainda envolvido com a eleição municipal de 2020. Parece ainda não compreender que ela é importante até mesmo como marco balizador da disputa de 2022, quando o próprio governador terá de enfrentar a sentença eleitoral sobre seu primeiro mandato.

É claro que o governo tenta superar sua estéril gestão com visitas a regiões interioranas onde procura aproximar-se de algumas lideranças. O resultado até agora não é nada animador. Das lideranças importantes do interior, poucas demonstram interesse em alinhavar conversas políticas com o governador Marcos Rocha.

Mesmo sem conseguir até agora uma boa aceitação, o governador eleito pelo efeito do bolsonarismo, começou esse ano tão mal assessorado como terminou seu primeiro ano à frente do Executivo rondoniense. Rocha tem dificuldades, pelo visto, de trocar seu “staff” e isso cria grande dificuldade para que prefeitos e outras lideranças mais tarimbadas embarquem na sua canoa. Se o atual governador não arrumar pautas positivas para o desenvolvimento do estado não conseguirá dar o tom na disputa eleitoral desse ano e nem conseguirá se aproximar das melhores lideranças com vistas à sua própria sucessão em 2022.

EMANCIPAÇÕES

Deputados rondoniense ainda sonham em manter emancipados municípios que só foram criados aqui por meros interesses políticos e eleitorais.

Por muitos anos, os políticos protagonizaram no Congresso Nacional uma verdadeira farra das emancipações. O ápice foi após a promulgação da nova Constituição, em 1988. Num espaço de menos de dez anos, criou-se cerca de 1.500 novos municípios no Brasil. Alguns em precaríssimas condições financeiras e estruturais, realidades que persistem até hoje.

Em Rondônia são muitos os municípios que sobrevivem unicamente da transferência de recursos da União e estado. É claro que os políticos rondonienses relutam em discutir a existência desses municípios, que  nada produzem e praticamente nada arrecadam, mas que mantêm funcionários e dois poderes – legislativo e executivo – às custas do nosso dinheiro.

PNEUS VELHOS

A decoração natalina de Porto Velho na gestão do prefeito Hildon Chaves foi um show digno de ser visto não só pelos moradores da cidade e também por seus visitantes, especialmente aqueles vindos de cidades onde a tradição natalina se converte em atração turística.

Certamente os moradores da capital rondoniense deve se lembrar de como a data era comemorada na gestão do antecessor: com a decoração elaborada com pneus velhos e pets que acabaram se convertendo num enorme criadouro para os mosquitos da dengue. Mais um ponto positivo para a prefeitura.

EMPREGO

No Brasil há cerca de 2 milhões de vagas não preenchidas por não haver pessoas qualificadas para ocupá-las. Em 2030 poderão ser 6 milhões de vagas não ocupadas pelo mesmo motivo.

EMPATIA

Agir no local e ser empático já ajudará a todos nós sermos melhores e fazermos o melhor. Não estamos tratando de benevolência, e sim de ações concretas que contribuam com o coletivo. Se somos empáticos compreendemos de forma mais adequada as posições contrárias às nossas e podemos viver de forma mais sensata com as diferenças. Se somos empáticos percebemos melhor as necessidades e potencialidades do nosso entorno, para propormos negócios rentáveis e com propósito. Assim, o que desejo para 2020, sejamos mais empáticos.

DEPRESSÃO

Segundo a Universidade de São Paulo (USP), 20 milhões de brasileiros têm depressão, ansiedade e estresse. Números alarmantes que não tendem a diminuir.

PIADA

É gostoso ouvir gente do meio político sem cargo algum achar que pode ser prefeito ou prefeita. Vira motivo de chacota. Político se cria com ações e não com blá, blá, blá e disso, Porto Velho tem uma penca.

VITÓRIAS

Aos poucos,  mesmo tendo Globo e Folha torcendo para dar tudo errado em nosso país, Bolsonaro vai conquistando vitórias.

CPF

O arrogante Ivo Cassol costumava usar a expressão, quando era governador, de que “cada um responde pelo seu CPF” sempre que se defrontava com perguntas sobre desvios e corrupção de membros de seu governo. Hoje, exatamente por ter pisado na bola como gestor público, Cassol cumpre pena prestando serviço à comunidade, obrigado a prestar expediente no Corpo de Bombeiros de Rolim de Moura.

AUTOR: GESSI TABORDA –  COLUNA EM LINHAS GERAIS –  JORNALISTA

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