Cidades

Governo da Cooperação cala o PT, a CUT e os movimentos sindicais: Servidores públicos penalizados – Editorial por Paulo Ayres

Apesar de se encontrar politicamente e eticamente em frangalhos, o Governo da Cooperação vem conseguindo sucessivas vitórias no enfrentamento com o funcionalismo público, desarticulando qualquer ameaça de greve, apesar de desrespeitar a Constituição Federal, ao se negar pagar pelo menos a reposição da inflação aos servidores públicos.

A pretexto de atender os requisitos da Lei de Responsabilidade Fiscal, o governador Confúcio Moura, vem neste lenga-lenga “apagando” tímidos focos de reação. A seu favor, o enfraquecimento do movimento sindical, a politicagem e a descaracterização da Central Única dos Trabalhadores, e o descrédito generalizado de dias melhores.

O descontentamento no meio dos servidores de todos os poderes e órgãos auxiliares é expressivo. O Governo da Cooperação levou o Estado a bancarrota. O governador Confúcio Moura premiado para um segundo mandato, levou Rondônia a falência, a   quebradeira, a   insolvência, a  míngua, a  ruína , a decadência, a   derrocada e ao mais grave  retrocesso  e colapso administrativo-financeiro na fase de Estado.

Este colapso é visível. Um mês após ter entrado em vigor o novo orçamento do Estado, o governador já estava enviando à Assembleia Legislativa, mensagem de apresentação de projeto, solicitando autorização para remanejamento de recursos. E estes remanejamentos, via de regra por superávit financeiro (excesso de arrecadação) continuam acontecendo.

O Governo da Cooperação apesar de admitir a crise, mantém uma super-estrutura, com  órgãos nanicos, que poderiam ser transformados em simples assessorias, com as tais superintendências da Paz e a do Turismo. Mas acontece que Confúcio Moura sabe que a manutenção destes penduricalhos, destes cabides são extremamente necessários para acomodações políticas, atender parceiros e apoiadores.

O Governo não explicou até hoje como  e aonde foram aplicados os bilhões adquiridos via empréstimos. Este dinheiro todo já foi gasto, resta aos rondonienses pagar mais esta conta. O Governo não tem planejamento, e isto é mais um fator complicador para a retomada do crescimento e para atrair novos investimentos.

Mas o governador é bom de papo, de conversa fiada, de lorota, de conversa pra boi dormir, de “migué”, de enrolação, e de desculpa esfarrapada, e então acaba calando o movimento sindical, e anulando a atuação da CUT e do ex-PT.

A desfavor dos servidores, um Governo fraco, desmoralizado, incompetente, e sem planejamento. Com a ajuda do esfacelamento do movimento sindical, e do fim do poderio de articulação do Sintero, que hoje não impõe mais o medo de antigamente, ficou fácil. O Sintero – Sindicato dos Trabalhadores da Educação nem de longe lembra aquele sindicato aguerrido, e hoje se encontra demais molenga, e vive no lero-lero com os gestores públicos.

A CUT está descaracterizada, com suas lideranças preocupadas e priorizando seus projetos pessoais de mandatos políticos. Ninguém leva mais a sério as propostas e as articulações desta central. Simplesmente “tucanou”, só bravata.

Outro sindicato que sucumbiu foi o Sindicato dos Servidores da Saúde, afundado numa crise de sucessivas disputas internas, de olho na grana expressiva que circula na entidade, e principalmente no Plano de Saúde. Na prática o Sindsaúde transformou-se numa empresa. E por outro lado, suas lideranças usam o sindicato apenas para trampolim político. O governador percebeu esta situação, e seguramente sabe onde minar, como minar e quando minar, isto é, eliminar os focos de greve em reivindicação a melhorias salariais.
Já os policiais militares estão acuados, e isto se reflete no comportamento das mulheres de PMs, que já protagonizaram muitas lutas, chegando até mesmo a fechar quartéis. Prestigiando constantemente as cúpulas da PM e do Corpo de Bombeiro Militar, Confúcio Moura vem enfraquecendo qualquer ameaça dentro dos quartéis.

Os servidores públicos estão tecnicamente sem defesa. Seus sindicatos estão desmotivados, e não conseguem reagir, diante de tantos absurdos. A valorização dos servidores públicos, ficou apenas no discurso. Ninguém efetivamente acredita em desculpas. O governador na sua mansidão apela sistematicamente para a crise financeira e a Lei de Responsabilidade Fiscal, para não conceder reajuste salarial. No entanto, ele não complementa que se tivéssemos um governo probo, que agisse com austeridade, teria evitado tantos escândalos, e seguramente muito dinheiro não teria ido para o ralo.

Bem faltava destacar o Partido dos Trabalhadores. Acontece que o PT “morreu”. O PT aguerrido de antigamente hoje se encontra encolhido, tímido, pois perdeu autencidade. Não se observa mais nenhum movimento grevista, ou de articulação de greve que conte efetivamente com a presença do PT. Os petistas sucumbiram, a companheirada calou diante de tantos e tantos escândalos envolvendo membros do ex-Partido dos Trabalhadores.

Agora o servidor público de todos os poderes “paga” a conta destas irresponsabilidades, dos desmandos, e da falta de eficácia de gestão. Isto é uma vergonha.

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