Agronegócio

PIB do agronegócio do Brasil deve crescer 3,4% em 2018, prevê Cepea

Funcionário regando plantação em Santo Antônio do Jardim, São Paulo. 12/02/2014 REUTERS/Paulo Whitaker

O PIB do agronegócio, que responde por pouco mais de 20 por cento da atividade econômica do Brasil, deverá crescer 3,4 por cento em 2018, impulsionado por uma retomada da atividade da agroindústria, estimou nesta quinta-feira o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP.

O crescimento deverá ser menor que o apontado no ano passado, quando o PIB do agronegócio saltou 7,6 por cento com a força do setor primário turbinado por uma safra recorde de vários produtos, como soja e milho.

Mas, ainda assim, a estimativa para este ano indica que o PIB do agronegócio ficará acima do que deve crescer a economia brasileira como um todo (1,5 por cento, segundo a última pesquisa Focus, do Banco Central), em meio aos efeitos de uma greve histórica de caminhoneiros, em maio.

O resultado do setor primário do agronegócio em 2018 deve limitar um crescimento maior do PIB do setor, apesar de uma safra recorde de soja já colhida —a oleaginosa é o principal produto do segmento no país. Isso porque o Brasil deverá colher menos milho, laranja e cana este ano, por exemplo.

“São dois anos seguidos de alta bem importante. Ainda é uma taxa bem alta, até se a gente comparar com o PIB geral do Brasil”, disse à Reuters a pesquisadora da equipe de macroeconomia do Cepea Nicole Rennó.

A pesquisa, realizada em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), mostrou ainda que a agroindústria continua se recuperando, com aumento de volumes, o que “estimula demanda por serviços, transporte e serviços financeiros”, disse a pesquisadora.

A agroindústria sofreu no início do ano passado, especialmente aquela que depende mais do mercado interno, para iniciar uma recuperação posteriormente.

A previsão, realizada com base em dados do primeiro quadrimestre do ano, não leva em conta impactos da greve dos caminhoneiros realizada em maio, quando o transporte foi praticamente paralisado em boa parte do mês, afetando fortemente o setor.

Mesmo a tabela do frete rodoviário mínimo, instituída após a greve, é outro fator que pode liminar o agronegócio, que responde por mais de 40 por cento de tudo que é transportado por rodovias.

“A gente imagina que isso vai ter um impacto no PIB que sentiremos mais para frente”, disse a pesquisadora.

A expectativa, por ora, é de que o PIB do agronegócio estimado pelo Cepea, que inclui o setor primário e de indústrias antes (insumos) e depois da porteira, represente 21,2 por cento da economia do Brasil.

FONTE: REUTERS

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